COLAB E CENTROS DE INOVAÇÃO NACIONAIS FATURAM EM CONJUNTO 111 M€ EM 2022

4º Encontro Anual de Laboratórios Colaborativos (CoLAB) e 1º Encontro Anual de Centros de Tecnologia e Inovação (CTI) realizaram-se no dia 16 de novembro, no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa.

 

Entre 2021 e 2022, CoLAB angariaram 647 clientes, aumentando 80% face a 2021.

CoLAB e CTI agregam entre os seus associados mais de 3 300 entidades, das quais 87% são empresas.

 

Existem atualmente em Portugal 41 entidades reconhecidas como Laboratórios Colaborativos (CoLAB) em áreas estratégicas como Saúde, Energia e Sustentabilidade, Transformação Digital e Agroalimentar e 31 Centros de Tecnologia e Inovação (CTI). Distribuídos por todo o território nacional, contribuem para a valorização do conhecimento e sua integração na economia. Pelo quarto ano, o outlook da atividade dos CoLAB será apresentado. Já os CTI terão o seu primeiro encontro anual com apresentação de resultados. Só no ano passado, os CTI faturaram aos seus clientes 107 milhões de euros (M€). Já os CoLAB duplicaram as suas vendas para 8 M€ entre 2021 e 2022.

A celebrar 30 anos de agências de inovação em Portugal, a Agência Nacional de Inovação (ANI), entidade responsável pela monitorização e acompanhamento de CoLAB e CTI, entidades com um papel de interface entre a investigação científica e a indústria, realiza os encontros anuais de CoLAB e CTI, num evento que reúne alguns dos principais atores do Sistema Nacional de Inovação, no dia 16 de novembro, no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa. Sob o tema “Inovação e Valorização Tecnológica rumo aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)”, a iniciativa integra ainda o Encontro Anual de Gabinetes de Transferência Tecnológica académicos (TTO) e a final do concurso nacional de empreendedorismo BfK Ideas.

Financiadas pela Missão Interface, no âmbito do PRR, os CoLAB e os CTI dispõem atualmente de 193 M€ para aumentar e consolidar as suas atividades, de forma a promover a valorização do conhecimento, a competitividade e a internacionalização da economia portuguesa.

O relatório anual dos CoLAB revela que estas estruturas não só superaram, no final de 2021, o objetivo ao nível de contratações de emprego altamente qualificado (639 quadros, dos quais 32% doutorados), muitos dos quais no interior do país, como também angariaram 416 clientes em 2022, mais 80% que no ano anterior. Neste aumento da carteira para um total de 647 clientes, entre 2021 e 2022, destacam-se as áreas “Agroalimentar” (160), “Materiais, Economia Circular e Sustentabilidade Urbana” (126) e “Saúde” (113).

Desde o início da sua atividade, em 2019, e até 2022, os CoLAB registaram um volume agregado de vendas de 8 M€, aumentando o volume registado no ano passado em 79%, destacando-se as áreas de “Materiais, Economia Circular e Sustentabilidade Urbana” (1,7M€), “Saúde” (1,5M€) e “Energia e Sustentabilidade” (1,4M€).

55,5% da atividade dos CTI é financiada com receitas próprias

Envolvendo cerca de três mil entidades, 90% das quais empresas, os CTI têm como principal fonte de financiamento as receitas próprias (55,5%), tendo, em 2022, alcançado vendas num total de 107 M€.

Atualmente, os CTI empregam mais de 3 300 pessoas diretamente envolvidas em Investigação & Desenvolvimento, das quais 38% são doutoradas.

De salientar que a aposta no apoio à criação de CoLAB e CTI tem não só contribuído para a diversificação das entidades que compõem o Sistema Nacional de Inovação, como tem tido fortes implicações na criação de emprego altamente qualificado.

António Grilo, presidente da ANI, acredita que estas entidades têm um papel fundamental no contributo que o sistema científico e tecnológico nacional pode dar para os grandes desafios globais: “As instituições de interface estão numa posição privilegiada para contribuir colaborativamente para a resolução de problemas que nos afetam a todos, colocando a academia, instituições científicas e tecnológicas, empresas e sociedade a trabalhar em conjunto para alcançarmos os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável em 2030.”

 

Notícia ANI

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